Três homens acusados do assassinato de Dejone Cleberson Rambor no ano de 2015, em Imbé, serão levados a júri popular nesta quarta-feira (19). Carlos Ismael Pereira Lemos, Cassiano Wassen Francisco e Tiago Bertoldi Santos da Silva respondem pelos crimes de homicídio qualificado consumado e homicídio qualificado tentado.
Os fatos se passaram em um bar, localizado na antiga Avenida Rio Grande, na madrugada do dia 12 de outubro daquele ano. Ao ficar sabendo que estavam tentando matar seu irmão, Dejone pulou por cima de um dos suspeitos para dar fim às agressões. Logo depois, teria levado um tiro de Carlos. Ele chegou a ser socorrido, levado para um posto de atendimento 24 horas, mas não resistiu aos ferimentos.
A vítima, de 30 anos de idade, morava em Tramandaí e trabalhava numa loja de calçados junto da família. O assassinato teve grande repercussão, resultando em protestos na cidade.
Ao olhar para trás, Adalberto Osvaldo Rambor Júnior, que foi salvo por Dejone, classifica o irmão como um herói. Quanto ao julgamento, espera que a justiça seja feita. “Eu espero a paz do Senhor e que as providências sejam tomadas. Que o culpado seja culpado”, afirma.
O júri popular está previsto para iniciar às 9h, no Foro de Tramandaí, com a condução da juíza Cristiane Elisabeth Stefanello Scherer, e não há previsão de encerramento. Durante a sessão plenária, oito testemunhas serão chamadas para depor em plenário, sendo três de acusação, duas de assistência de acusação e três de defesa.
Todos os réus estão presos preventivamente: Carlos desde 12/10/2015, enquanto Cassiano e Tiago desde 03/05/2016.
Legado
Dejone lutava jiu-jitsu e teve seu nome eternizado no Projeto Social Dejone Rambor – Na Luta pela Paz. A iniciativa vem alcançando centenas de crianças no Litoral. O projeto busca a formação de cidadãos campeões tanto nos tatames quanto na vida.