Ansiedade, angústia, medo de ficar com pessoas ou medo de algumas pessoas específicas, isolamento: esses são alguns sinais que crianças e adolescentes apresentam quando estão sofrendo ou sofreram algum abuso sexual. De acordo com Ricardo Becker Feijó, da Sociedade de Pediatria do RS (SPRS), a mudança brusca de comportamento, independente da faixa etária, é um alerta aos pais e familiares.
O pediatra atua como chefe da unidade de Adolescentes no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e perito médico legista do IML de Porto Alegre. Segundo Feijó, é preciso analisar constantemente o comportamento de crianças, adolescentes e jovens. Além dos sinais psicológicos as vítimas podem apresentar sintomas físicos. “Alteração, dores no corpo, descontrole urinário, aumento do sono e do apetite. Quando os sinais forem investigados e os médicos não encontrarem alguma patologia, é possível que seja algum problema de abuso” explicou.
Por isso, os pais devem ficar atentos para perceber quando o filho não está agindo com normalidade. Feijó salienta que, quando for observada qualquer alteração na criança, um pediatra deve ser procurado para uma avaliação. Se nenhuma enfermidade for encontrada, os pais precisam pensar na possibilidade de um problema de violência sexual que possa estar ocorrendo.
