
Você recebe uma ligação ou um e-mail de alguém que se identifica como tabelião ou diz trabalhar em cartórios de protesto. Através desse contato, são cobradas supostas dívidas. Esse tipo de situação pode até não despertar desconfiança, mas se trata de um golpe que vem sendo tentado em vários lugares do Rio Grande do Sul, incluindo no Litoral.
O tabelionato de Tramandaí vem recebendo muitos relatos de busca por pagamentos através de boletos falsos. A dívida, em alguns casos, pode ser verídica, mas essa forma de cobrança não.
“Nós jamais cobramos dívidas por e-mail, telefone, nem mesmo por depósito com eventuais descontos”, alerta Romário Mezzari, presidente do Instituto de Estudos de Protesto do Rio Grande do Sul, entidade que representa os tabeliães do Estado.
O protesto é uma ferramenta de cobrança que deve seguir ritos legais. O cartório notifica o devedor assegurando que ele tenha conhecimento da dívida: por meio presencial, com endereços fornecidos pelo apresentante da dívida, ou por intimação via edital, fornecendo um prazo de três dias úteis para quitá-la juntamente com as despesas de cartório.
“Qualquer outra forma de intimação para pagamento pode ser fraude”, reforça Mezzari.
Se você receber qualquer outra forma de contato, como por e-mail ou telefone, cobrando supostas dívidas (mesmo que elas existam), registre um boletim de ocorrência policial com todas as informações que possuir. Além disso, descarte qualquer boleto e evite clicar nos links enviados pela internet.