Acusada de agredir filho de 1 mês usa medicação controlada e faz acompanhamento psiquiátrico, diz família

Mulher gravou vídeos dando tapas no bebê e os encaminhou ao pai, em Imbé; veja nota enviada pela defesa

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Foto: Reprodução / Arquivo pessoal

[Aviso de conteúdo sensível: esta matéria trata de violência contra criança e pode causar desconforto para alguns leitores]

A família da mulher de 25 anos presa na última sexta-feira (12) em Imbé por agredir o próprio filho, de apenas 35 dias, divulgou uma nota neste domingo (14) comentando o caso. Eles afirmam que ela faz uso de medicação controlada e faz acompanhamento psiquiátrico.

O episódio ganhou grande repercussão nesse sábado (13). O Litoral na Rede obteve os vídeos que mostram as agressões. Nas imagens, que são fortes [veja no final da reportagem], uma pessoa – que segundo a investigação seria a mãe do menino – usa uma das mãos para dar tapas no rosto do bebê.

Segundo o Conselho Tutelar, o pai da criança, que recebeu os vídeos da ex-companheira, disse informalmente que o material foi enviado para atingi-lo emocionalmente e tentar forçar sua volta ao convívio familiar. Os arquivos foram enviados em modo de visualização única para impedir compartilhamento, mas o homem gravou as imagens com apoio de outro telefone.

Questionada pelo Conselho Tutelar e pela Guarda Municipal de Imbé (GMI), a mulher teria admitido que cometeu as agressões. De acordo com o órgão de proteção à criança e ao adolescente, ela declarou que “não foi para machucar” e reconheceu que agiu de forma errada.

A mulher, que não teve o nome divulgado para preservar a vítima, foi autuada em flagrante e teve a prisão preventiva solicitada pelo delegado de plantão. O bebê foi encaminhado ao Pronto Atendimento 24 Horas de Imbé e depois transferido para o Hospital de Tramandaí para avaliação pediátrica especializada. A criança está bem e não sofreu fraturas.

A Polícia Civil (PC) deve instaurar inquérito para apurar o caso. Os pais da criança e outros familiares devem ser ouvidos formalmente nos próximos dias.

O que diz a defesa

No comunicado recebido pela reportagem do portal Litoral na Rede, os familiares afirmam que a acusada faz uso contínuo de medicação controlada para tratamento psiquiátrico, a qual pode, segundo a nota, “provocar efeitos colaterais capazes de comprometer seu estado de consciência e discernimento”.

“No momento dos fatos, a acusada não estava em pleno juízo, sendo os efeitos da medicação determinantes para seu comportamento atípico. A família reconhece a gravidade do ocorrido, mas ressalta que a acusada é uma pessoa em tratamento de saúde mental, necessitando de acompanhamento médico contínuo”, diz o comunicado.

Assista ao vídeo [imagens fortes]:

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