por Talis Ramon
Em São Januário, o Inter jogou mais do que uma simples partida. No 1 a 0 construído sobre o Vasco, na noite desta quinta-feira (21), algo de muito maior significado estava em jogo: a confirmação de uma campanha alvissareira e o renascimento de um sonho, até então, improvável.
O gol de Wesley, na metade do segundo tempo, confirmou ao Colorado a 15ª partida invicta na temporada. Algo que, até a chegada do técnico Roger Machado, parecia distante e até mesmo impossível, mas que se consolidou jogo após jogo.
Diante do Vasco, o Inter não tinha Bruno Gomes, Bernabei e Thiago Maia. Braian Aguirre, Renê e Bruno Henrique os substituíram com maestria. Mais um indício de que o Colorado tem um comandante que privilegia o estilo de jogo. A definição é clara: o Inter joga bem independente de quem joga.
O campeonato que começou indicando muito mais uma disputa pela sobrevivência do que propriamente pela glória de um título — ainda mais após a enchente, agora se transforma em uma batalha totalmente viável. A merecida vitória sobre o Vasco mostrou que a matemática do campeonato, sim, faz sentido: são “apenas” 7 pontos de diferença para o líder Botafogo, com 12 pontos ainda em disputa e um confronto direto entre esses dois times.
Em um campeonato tão equilibrado quanto é o Brasileirão, ficar invicto por 15 jogos é um feito e tanto. Mais do que uma vaga direta na Libertadores 2025, o apito final mostrou que o Inter está, sim, na briga pelo título que não vem há mais de 40 anos. Com um time entrosado, uma defesa sólida, um ataque preciso e, principalmente, uma torcida que começa a acreditar.
A caminhada até o topo é curta. São apenas quatro jogos até a 38ª rodada. Na cabeça do torcedor colorado, o título até pode parecer um sonho distante, mas agora, mais do que nunca, é um objetivo palpável. O campeonato, que parecia se definir entre Botafogo e Palmeiras, agora tem de volta um concorrente à altura. E que já mostrou ser capaz de desempenhar o suficiente para vencer os embates que restam.
Acredite, colorado: o campeonato ainda não acabou. E a recuperação do time é a prova de que, no futebol, nunca é tarde para um recomeço. O horizonte agora é de esperança, e o título, mesmo distante, já é mais do que um sonho: é uma possibilidade.