A Transpetro formalizou um convênio para investimento no projeto Botos da Barra, do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar). A empresa destinará recursos para ampliação da pesquisa sobre a pesca cooperativa na Barra do Rio Tramandaí, entre Tramandaí e Imbé e para educação ambiental.
A assinatura ocorreu na manhã desta sexta-feira (1º) no Terminal Marítimo Almirante Soares Dutra (Tedut), em Osório. Segundo a companhia, o investimento do projeto do Ceclimar, do Campus Litoral Norte, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul será de R$ 950 mil nos próximos três anos.
A iniciativa pretende salvaguardar a pesca cooperativa entre pescadores artesanais e os botos-de-Lahille, uma espécie de golfinho ameaçada de extinção. A interação entre os cetáceos e os seres humanos é rara no mundo.
Os botos cercam os cardumes de tainha utilizando a ecolocalização e sinalizam aos pescadores o momento ideal para lançar as tarrafas. Assim, os pescadores garantem a pesca – o que gera renda e alimento – enquanto os botos comem os peixes que se desorientam dos cardumes e escapam das redes.
A área de estudo será expandida, incluindo o Sistema Lagunar Tramandaí-Armazém e as águas costeiras adjacentes à Barra, uma região de relevância ecológica e econômica. Isso ampliará o impacto das medidas e permitirá alcançar um público ainda maior.
A nova fase do projeto, com convênio firmado até 2027, também dará ênfase à educação ambiental direcionada a escolas e à comunidade em geral, abordando a importância da alimentação de qualidade e do valor cultural e imaterial da pesca com botos.
“O investimento nesta ação socioambiental reflete o compromisso da Transpetro com a sustentabilidade nas comunidades onde está presente. Ao retomar o convênio com o Projeto Botos da Barra, apoiaremos o fortalecimento da economia local e a valorização da identidade cultural da região, além de gerar conhecimento científico e engajamento da comunidade”, afirma o gerente de Responsabilidade Social da Transpetro, Jordano Zanardi.
O coordenador do projeto e professor da UFRGS, Ignacio Benites Moreno, destaca suas expectativas para a segunda fase: “Com a Transpetro, conseguiremos avançar e pensar no futuro, consolidar o conhecimento, trazer novas informações para a comunidade e contribuir para a construção de políticas públicas eficazes na proteção da pesca cooperativa e do ecossistema estuarino-lagunar onde ela ocorre”, ressalta.
Sobre a Transpetro
Operando 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras. A empresa é a maior companhia de logística multimodal de petróleo, derivados e biocombustíveis da América Latina.
A Transpetro presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás. A carteira da subsidiária da Petrobras conta com mais de 160 clientes.