RS atinge marca de 1,5 mil profissionais atuando pelo programa Mais Médicos

Segundo o Ministério da Saúde, 41% dos médicos participantes desistem do programa em busca de qualificação

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Foto: Rafael Kage / Creative Commons / Agência Brasil

Retomado pelo Governo Federal em 2023, o programa Mais Médicos já alcança cerca de 80% dos 4,9 mil municípios brasileiros com menos de 52 mil habitantes. Segundo a pasta, somente no Rio Grande do Sul há 1,5 mil profissionais em atuação.

A iniciativa, presente em 3.901 dessas cidades, é classificada pelo Ministério da Saúde como uma resposta ao desafio da presença de profissionais nos municípios distantes dos grandes centros e nas periferias das cidades.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, vê o crescimento do programa como uma conquista. O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre os municípios de maior vulnerabilidade social: 60% dos médicos estão nessas localidades.

“É essencial, para o SUS [Sistema Único de Saúde], chegar a todo o país. O Mais Médicos é uma realidade e faz a diferença. Quando assumimos o governo, haviam menos 13 mil profissionais em atividade. Hoje, já ultrapassamos 25 mil médicos atuando no Brasil e queremos alcançar os 28 mil daqui pra frente”, defende.

Incentivos para o programa

Um dos principais desafios no atendimento às regiões de difícil acesso, que historicamente sofrem com a falta de médicos, é a permanência dos profissionais. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que 41% dos participantes do programa desistem em busca de qualificação.

A retomada do programa, diz a pasta, trouxe aos profissionais oportunidade de aperfeiçoamento em saúde da família e comunidade, com incentivos e benefícios para atuação em áreas de maior vulnerabilidade social.

Desde 2023, eles têm a possibilidade de fazer especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do SUS.

Para apoiar a continuidade das médicas mulheres, também foi feita uma compensação para atingir o mesmo valor da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade, complementando o auxílio do INSS. Para os participantes do programa que se tornarem pais, está garantida licença com manutenção de 20 dias.

Ainda de forma inédita, neste ano, o programa ofertou vagas afirmativas, no regime de cotas, para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas. Com o incremento de profissionais na rede pública de saúde, 10 milhões de brasileiros serão beneficiados. Esse edital apresentou recorde de inscrições por vaga. Foram 33 mil inscrições no total, um índice de concorrência de 10,4 profissionais por vaga.

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