
Das noves testemunhas arroladas para depor no julgamento de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e da companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, apenas seis falaram: o delegado de Polícia Antônio Carlos Ractz Jr., os policiais militares Jeferson Luciano Segatto, Ícaro Ben-Hur dos Santos Pereira e Alisson Garcia Martins, a proprietária da 1ª pousada Juraci Martins e a representante da 2ª pousada Kelly Dias Hoffmann.
Yasmin e Bruna são julgadas pelo Tribunal do Júri na Comarca de Tramandaí, presidido pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Gilberto Pinto Fontoura. Elas são acusadas de terem matado Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos. O menino era filho de Yasmim e enteado de Bruna. O corpo da criança que teria sido jogado no Rio Tramandaí, até hoje não foi localizado.
Ícaro Ben-Hur, policial militar, atendeu a ocorrência e relatou a postura da mãe. “Era uma tranquilidade absurda. Quando levamos ela na pousada, ela já chegou alterada. Eu estava com câmera corporal, ela arrancou e jogou longe. Danificou o equipamento”, afirmou.
O policial relatou também o que Yasmim declarou a equipe da Brigada Militar em relação a morte do próprio filho. “Disse que horas antes da morte administrou remédios psiquiátricos. Misturou no caldinho de feijão. Viu horas depois que o menino estava gelado, mandíbula gelada. Ela disse que quebrou os ossos do menino, da perninha, o colocou na mala e o levou para o Rio Tramandaí. Bruna pouco falou”, declarou Ícaro Ben-Hur.
A proprietária da 1ª pousada, onde Yasmim, Bruna e Miguel foram residir, falou que pouco via o menino. “Elas moraram por uns três meses. Se mudaram depois. Não via o menino no pátio. Só vi duas vezes, quando pedi para Yasmim pôr o menino tomar sol. Ela disse que ele tinha asma e o médico pediu para não ir ao sol. Umas duas vezes, vi ele na sacada com a Bruna, tomando sol. Na rua nunca vi elas saindo com ele”, contou.
Juraci disse também que um dia levou comida para o menino. Yasmim e Bruna não estavam no apartamento. “Liguei para a Yasmim perguntando se podia levar comidinha pra ele. Fui lá e ele comeu, comeu, comeu. Estava usando máscara e touca. Outro dia, no apartamento, reparei uma manchinha no rosto dele e ele contou que tinha caído lá de cima”. Ela informou também que explicou que Bruna lhe foi apresentada como cuidadora e só ouvia, às vezes, gritos dela. Do menino, não.
Encerrados os depoimentos das testemunhas, foi realizado um intervalo. O julgamento segue com interrogatório das rés. A próxima etapa será de debates entre a acusado e as defesas.
Depois disso, o conselho de sentença de reunirão para decidir se Yasmim e Bruna são culpadas ou inocentes. Se foram consideradas culpadas o juiz estabelece a pena. A previsão e que o júri popular termine apenas nesta sexta-feira (05).
Acompanhe ao vivo
Leia também:
• Começa o julgamento de mãe e madrasta acusadas de matar o menino Miguel
• “A pessoa mais fria que vi na minha carreira”, diz delegado sobre mãe de Miguel
• Retomado o julgamento do Caso Miguel; assista
• Caso Miguel: saiba como será o júri popular da mãe e da madrasta