Saída da Brigada Militar da Cadeia Pública garante retorno de efetivo para o Litoral Norte

Policiais da região estavam cedidos para a força-tarefa que atuava no antigo Presídio Central em Porto Alegre

Compartilhe

Comandante do CRPO Litoral recebeu policiais que retornam ao policiamento da região. Foto: Soldado Bittencourt / Brigada Militar

A histórica saída da Brigada Militar (BM) da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA) garantirá reforço de efetivo da corporação também no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Desde 2017, o Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO), assim como outras unidades, cedia policiais para atuar no antigo Presídio Central.

Com o fim da força-tarefa na Cadeia Pública, que durava 28 anos, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) assumiu a gestão da unidade prisional em 31 de agosto. Com isso, os policiais militares que estavam lotados no presídio retornaram à sua atividade principal.

Para o Litoral Norte, voltam nove PMs, que passam a atuar no 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e no 2º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPAT), que juntos atendem os 23 municípios da região e mais dois do Vale do Paranhana.

De acordo com o CRPO Litoral, entre os policiais que retornam à região há um tenente, sargentos e soldados.  O comandante regional da BM, tenente-coronel Ney Humberto Fagundes Medeiros, recebeu nessa segunda-feira (11), alguns desses militares. Eles entregaram ao oficial a Moeda do Grupo de Apoio e Movimentação da BM na CPPA, em reconhecimento pela cedência de efetivo do CRPO Litoral à casa prisional.

Ao todo, 184 policiais militares deixaram de prestar serviços na CPPA, dando lugar a 172 servidores penitenciários.

A BM nos presídios

Nas décadas de 1980 e 1990, o sistema prisional gaúcho enfrentava dificuldades estruturais, déficit de servidores penitenciários e frequentes rebeliões, fugas e mortes de agentes. Em 1995, o governo do Estado instituiu uma força-tarefa a Brigada Militar assumiu a gestão do então Presídio Central de Porto Alegre, da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), da Penitenciária Estadual de Charqueadas (PEC) e da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ).

A força-tarefa da BM, denominada Operação Canarinho, deveria durar seis meses, para restabelecer a ordem nas penitenciárias, no entanto, o baixo efetivo da Susepe retardou o período planejado. Atualmente, a força-tarefa atua apenas na PEJ. Ainda não há data para penitenciária também será repassada à Susepe.

Compartilhe

Postagens Relacionadas