Foi condenado, nessa terça-feira (20), a 15 anos e três meses de prisão em regime fechado o homem acusado de agredir e matar o morador de rua André Roberto Girardi, de 48 anos. O crime ocorreu em fevereiro de 2022, no centro de Vacaria. Ele permanece preso e não poderá recorrer em liberdade.
O júri, presidido pelo Juiz de Direito Odijan Paulo Gonçalves Ortiz, da 1ª Vara Criminal de Vacaria, encerrou por volta das 18h.
O Ministério Público denunciou o réu por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima), após ele chutar, pisar e dar socos na vítima por, segundo o MP, “puro exibicionismo”. Testemunhas teriam confirmado a agressão gratuita.
De acordo com a denúncia, o réu “agiu com crueldade manifesta e intensa maldade, agredindo com violência extrema uma pessoa completamente incapaz de se defender”. Segundo o MP, a Brigada Militar foi acionada, via rádio, para comparecer ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira na manhã do crime, porque uma pessoa havia entrado em estado gravíssimo. Já no local, a equipe de policiais foi informada que a vítima apresentava fratura no crânio e hemorragia.
Conforme os relatos de amigos do agressor, o réu disse que queria mostrar para eles “como é que se mata uma pessoa”. Ao encontrarem a vítima, que vivia em situação de rua, o acusado, imediatamente, passou a desferir socos, pisões e chutes, especialmente na cabeça e na face após André pedir um cigarro. A vítima estaria alcoolizada e as agressões violentas teriam continuado, apesar da intervenção de testemunhas. O acusado seguiu agredindo o homem já caído no meio da rua, sem reação, de acordo com a denúncia. Com múltiplas lesões e fraturas, André Girardi acabou morrendo alguns dias depois.