Integrantes de quadrilha de estelionatários são presos em Capão da Canoa

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Fotos: Polícia Civil

Quatro pessoas foram presas, na manhã desta terça-feira (19), em Capão da Canoa, durante a Operação Antares II, realizada em 11 municípios do Rio Grande do Sul e coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil. Entre os presos na cidade está um contador. Os nomes não foram divulgados.

No município do Litoral Norte atuava um dos acusados de abrir empresas de fachada para aplicar golpes em estabelecimentos comerciais de todo o país. A investigação começou no final de 2016 e, em janeiro deste ano, agentes da Delegacia de Repressão ao Furto e Roubo de Cargas fizeram buscas no depósito e no escritório de uma empresa do bairro Santa Luzia, em Capão da Canoa.

A firma foi aberta em nome de um morador de rua que estava preso e Polícia estima que tenha lesado mais de 100 estabelecimentos comerciais, principalmente do Litoral Norte, Serra Gaúcha e Região Metropolitana de Porto Alegre. Na época o golpista preso hoje não havia sido localizado.

O delegado Gustavo Bermudez, do Deic, explicou ao Litoral na Rede que o esquema consistia na abertura de empresas em nome de laranjas, que depois eram fechadas, não pagavam os fornecedores e revendiam as mercadorias por meio de notas frias. “Essas empresas ficam abertas por seis meses, em média. Eles realizam a primeira compra à vista, ganham credibilidade, passam a comprar parcelado, fecham a empresa e não pagam os fornecedores”, detalhou o delegado.

Em todo o Estado foram identificadas 50 empresas de fachada usadas para aplicar o golpe, que também envolvia a distribuição de cargas roubadas. Aproximadamente 250 policiais foram mobilizados para cumprir 34 mandados de prisão, cinco de condução coercitiva e 14 de busca e apreensão em várias cidades. A estimativa da Polícia Civil é que a fraude supere R$ 2 milhões.

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