Não vacinados ou com vacinação incompleta são maioria dos hospitalizados e mortos pela covid-19 no RS

Levantamento realizado pela Secretaria Estadual da Saúde analisou dados do mês de janeiro

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Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

A maioria das hospitalizações e óbitos por covid-19, no mês de janeiro, no Rio Grande do Sul, foi de pessoas não vacinadas contra o coronavírus ou com esquema vacinal incompleto. A conclusão é de um levantamento realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), divulgado nesta terça-feira (1º).

Segundo o estudo, quase 65% das internações e 67% das mortes ocorreram em pessoas sem vacina ou que tomaram apenas uma dose. Apesar de serem a maioria entre hospitalizações e óbitos, esses dois grupos são os menores na população do Estado.

Conforme o levantamento da SES, aproximadamente 8,5% da população gaúcha  não fizeram a segunda dose e 18,6% que não fizeram nenhuma dose, incluindo as pessoas fora da idade preconizada para vacinação.

Pessoas com esquema completo (duas doses ou dose única) mais a dose de reforço já representam hoje cerca de 24,1% da população gaúcha, enquanto 48,8% possui esquema completo mas ainda sem o reforço.

“Os dados reforçam que a vacinação com o esquema completo é a principal forma de proteção contra a doença, ainda mais quando acrescida da dose de reforço”, avalia a SES.

Os dados foram obtidos por meio dos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave com classificação final de covid-19 notificadas no Sivep-Gripe, entre os dias 1º e 27 de janeiro, e então cruzados com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).

Redução em 87% nos riscos de óbitos em adultos

Os dados de janeiro deste ano seguem a mesma tendência que um estudo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) já tinha apresentado em dezembro do ano passado, com dados de hospitalizações e óbitos entre agosto e novembro.

Na época, os estudo apontou que o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única) reduziu em 87% o risco de morte pelo coronavírus nas pessoas com 20 anos ou mais entre agosto e novembro. Entre os idosos, a vacinação de reforço, por sua vez, foi capaz de diminuir em 95% a incidência de óbito no período.

Aumento de casos em 2022

A SES alerta que outro fato que aumenta a importância da vacinação neste momento é o crescente número de casos de covid-19 registrados neste mês no Rio Grande do Sul. Janeiro já é considerado em toda a pandemia como o mês com maior circulação da doença.

Mais de 316 mil novos casos registrados (por data de início de sintomas), sendo que esse número ainda é parcial, visto que ainda podem entrar mais casos relacionados a este período nos próximos dias. Isso representa mais do que todo o segundo semestre de 2021. Esse aumento de casos já vem repercutindo no aumento das hospitalizações e óbitos, que nas últimas semanas também voltaram a ter alta, após meses de queda.

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