Refúgio de aves migratórias, Parque da Lagoa do Peixe completa 35 anos

Área de preservação ambiental nos municípios de Mostardas e Tavares abriga mais de 270 espécies de aves

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Mais de 270 espécies de aves já foram registradas no Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Foto: Edson Endrigo

Uma área de preservação ambiental de 36.721 hectares, refúgios de animais marinhos e aves, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe completou 35 anos neste sábado (06). A unidade administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fica nos municípios de Mostardas e Tavares, no Litoral do Rio Grande do Sul.

O parque, reconhecido internacionalmente pela UNESCO por sua importância para a sobrevivência da vida no Planeta, tem aproximadamente 5 km de largura por 65 km de extensão em terra e mais uma faixa de 1 km de largura por cerca de 40 km de extensão de mar. Nela há restingas, banhados, campos alagáveis, dunas, lagoas e lagunas e praias.

Esse conjunto de ecossistemas, entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, é um berçário para o desenvolvimento de espécies marinhas, como camarão-rosa, tainha e linguado. Além disso, já foram catalogadas mais de 270 espécies de aves, sendo 35 delas migratórias. Em suas longas viagens, elas param no parque, onde descansam e encontram farta alimentação.

Entre as espécies migratórias que passam pela região está o maçarico-de-papo-vermelho (Calidris canutus), que viaja todos os anos do norte ao sul do Planeta, e que é considerada ameaça de extinção. Os primeiros bandos já começaram a chegar na Lagoa do Peixe.

Maçarico-de-papo-vermelho é uma das espécies de aves migratórias que passam pelo Parque Nacional. Foto: Edson Endrigo

A ave símbolo do parque é flamingo, que vem do Chile todos os anos, em busca de descanso e alimento no refúgio da costa gaúcha.

Mirantes para observação de aves

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe é aberto para visitação. Segundo o chefe da unidade de conservação, Fabiano José de Souza, a equipe está trabalhando em algumas melhorias para visitantes e pesquisadores. Ele destacou que estão sendo instaladas novas placas de sinalização.

Flamingos são o símbolo da unidade de conservação. Foto: Edson Endrigo

Outra novidade é a construção de mirantes para observação de aves. “O recursos já foram aprovados e devemos começar a instalação desses mirantes no início do ano que vem”, informou Fabiano.

O gestor também salientou que atividades de preservação da área estão sendo realizadas, como a limpeza realizada, neste ano, na praia de Talha-mar, no município de Tavares, onde muito imóveis foram abandonados nas últimas décadas.

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