Óculos de sol de todos os tipos, todas as cores, com lentes de inúmeros formatos. Essencial durante o verão. Basta percorrer alguma avenida, passar por uma loja ou nem sair da beira da praia para encontrar vendedores do acessório.
Mas será que encontrá-los com tanta facilidade e por preços tão baixos vale, realmente, a pena? É o que vamos conferir a partir de agora.
Três tipos de raios ultravioleta (UV) estão presentes na luz solar: UVA, UVB e UVC. A camada de ozônio que envolve a Terra absorve uma parte, mas o restante alcança a superfície terrestre e, consequentemente, nós.
O barato que sai caro
Certamente, você já foi informado de que os raios UV são responsáveis por vários problemas de saúde, incluindo o câncer de pele. Para isso, a necessidade do uso de protetor solar.
Mas, sabia que os olhos também podem ser bastante prejudicados com essa radiação? Justamente por isso, os óculos de sol não têm apenas a função de nos “deixar na moda” ou de apenas facilitar nossa visão em meio à claridade. Uma das grandes missões do acessório deve ser proteger contra os raios ultravioletas.
A vice-presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul, Márcia Ruaro De Mêneghi, explica que o uso de óculos falsificados ou de procedência duvidosa podem provocar graves consequências, como tumores benignos e malignos, lesões na córnea, catarata e até degeneração macular, acompanhada da redução da capacidade de enxergar.
Por que isso acontece?
Em ambientes com muita claridade, todos nós enfrentamos uma certa dificuldade para enxergar, não há um “conforto” ocular. Ao colocarmos um óculos de sol, nossos olhos captam uma luminosidade muito menor por causa das lentes escuras, que servem de filtro.
Com uma situação mais confortável, as pupilas se dilatam, expõem-se mais. É como se elas “confiassem” que o óculos tem o filtro necessário. Só que, caso o acessório usado não possua a proteção contra os raios ultravioletas, esses mesmos raios atingem com mais intensidade os nossos olhos (no caso, superexpostos).
“O dano é muito maior do que não usar nenhum óculos, porque sem óculos as pupilas não se dilatam tanto”, explica a Dra. Márcia Ruaro.
Só que a especialista observa que o ideal, mesmo, é ter a proteção necessária com acessórios de qualidade. E quanto mais prevenção melhor: se for possível, faça uso de um boné ou chapéu.
Doenças silenciosas
“Existem muitas doenças silenciosas que afetam os nossos olhos”, afirma a vice-presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul. Por isso, fica a dica: não aguarde os sintomas de uma doença para ir ao médico. Quanto mais cedo houver um diagnóstico, maior a possibilidade de cura.
E aí vai uma segunda recomendação: consulte apenas com profissionais devidamente capacitados. Médicos oftalmologistas registrados podem lidar da maneira correta com os seus olhos.
