
Um vídeo com quase 3 minutos e meio de duração, que mostra um homem agredindo uma menina de 2 ano e 8 meses, chegou nessa terça-feira (19) ao Conselho Tutelar de Palmares do Sul. A Polícia Civil foi acionada e confirmou que as imagens foram gravadas em uma residência no Distrito de Granja Vargas.
Na gravação, feita pela própria mãe da garota, o padrasto desfere tapas em várias partes do corpo da criança, enquanto troca a fralda. A menina é agredida diversas vezes no rosto, nas costas, nas nádegas e nas pernas. Em um dos trechos é possível ouvir a voz da mulher dizendo: “Larga dela, vai chegar na creche toda marcada”.
O vídeo também mostra o homem pressionando a cabeça da enteada contra a cama e a segurando pendurada pelos braços, enquanto ela chora desesperadamente. Em outra parte da gravação, o agressor, visivelmente irritado, joga violentamente a criança sobre a cama.
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De acordo com o delegado Antônio Carlos Ractz Jr, responsável pela Delegacia de Palmares do Sul, a Polícia Civil e o Conselho Tutelar agiram, imediatamente, para retirar a criança e as duas irmãs, de 1 ano e 8 meses e de 6 anos, da casa onde viviam com a mãe e o padrasto. Elas foram levadas para uma casa de passagem.
Segundo Ractz, o padrasto, de 47 anos, e a mãe das meninas, de 21 anos, foram intimados a comparecer na Delegacia. Apenas o homem se apresentou à Polícia nessa terça-feira e optou por não responder às perguntas dos policiais e não fazer nenhuma declaração. A mulher não havia sido encontrada.
O delegado informou que ele responderá por tortura. Já a mãe deve ser responsabilizada por omissão. Ractz explicou que o vídeo chegou ao Conselho Tutelar pelo pai da criança agredida, que encontrou as imagens em um cartão de memória do telefone celular da ex-companheira.
A Polícia ainda não conseguiu definir a data exata em que foi feita a gravação e também irá apurar se houve outras agressões às três irmãs. As meninas foram encaminhadas para exames de corpo de delito e avaliação psicológica.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados e as a images estão desfocadas para preservar as crianças, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Veja um trecho do vídeo