
A Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas) emitiu nota, nesta quinta-feira (24), sobre o agravamento dos problemas com abastecimento de mercadorias em função da paralisação dos caminhoneiros, que está no quarto dia. A maior preocupação é em relação aos alimentos perecíveis.
Esses produtos perecíveis não são estocados pelos supermercados por seu curto prazo de shelf life. “A partir dos próximos dias, se a situação não se normalizar, poderá haver desabastecimento em itens de hortifrúti, carnes, frios e laticínios refrigerados, por exemplo”, disse o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo .
Segundo Longo, os problemas vão aumentar gradativamente, à medida que os supermercadistas não conseguirem repor as mercadorias vendidas nas lojas do setor.
De acordo com o diretor da Agas no Litoral Norte, Cesion Pereira, a partir desta quinta-feira (24) os consumidores poderão perceber uma oferta menor de produtos como carnes, frutas e verduras. Ele garante, no entanto, que as empresas do setor na região possuem um estoque de segurança de 10 a 15 dias de alimentos e outros produtos não pereciveis.
“Reconhecemos a legitimidade do pleito dos caminhoneiros e somos favoráveis ao direito de livre manifestação, mas esperamos que o poder público chegue a um acordo com a categoria, no menor prazo possível, para que os consumidores e contribuintes brasileiros não sejam prejudicados”, avaliou o presidente da Agas.