Uma operação da Receita Federal apreendeu aproximadamente R$ 1 milhão em drogas em uma transportadora da Região Metropolitana de Porto Alegre. O flagrante ocorreu na sexta-feira (6).
A ação, conduzida por servidores da equipe de Repressão da Seção de Vigilância Aduaneira da Alfândega do Aeroporto Internacional de Porto Alegre, resultou na retenção de cerca de 90 quilos de haxixe (divididos em 86 tabletes), além de 120 frascos de lança-perfume.
“O haxixe é uma substância derivada da resina da planta Cannabis sativa, com alta concentração de THC (tetra-hidrocanabinol), composto responsável pelos efeitos psicoativos da droga. Seu consumo pode causar alterações cognitivas, prejuízo à memória, dependência química e transtornos de ansiedade”, disse o chefe da Seção de Vigilância Aduaneira da Alfândega da Receita Federal em Porto Alegre, auditor fiscal Erno Édison da Cunha.
Ainda segundo o chefe da Savig, Afeganistão e Marrocos estão entre os maiores produtores da droga. Ele ressalta também que, por ter um alto valor de revenda, ela é frequentemente traficada em tabletes compactados e disfarçados em encomendas postais ou cargas comerciais.
Lança-perfume
Também foram apreendidos frascos de lança-perfume, substância altamente tóxica composta por solventes como clorofórmio e éter. Utilizada de forma inalante, provoca euforia rápida, mas seus efeitos adversos incluem perda de consciência, alucinações, arritmias cardíacas e risco de morte súbita.
O uso recreativo do lança-perfume é proibido no Brasil desde 1961, sendo associado principalmente a festas e eventos onde seu consumo representa grave risco à saúde, especialmente entre jovens. As drogas apreendidas foram encaminhadas à Polícia Civil (PC).
“A instituição destaca sua preocupação com o aumento do uso do sistema postal e logístico para envio desses produtos ilícitos e reforça a importância de ações de fiscalização contínuas para proteger a saúde pública e a segurança da população, em especial de adolescentes e jovens”, diz o comunicado divulgado pelo órgão.
A Receita Federal não divulgou o município onde a operação ocorreu nem o nome da transportadora que foi alvo da ação.
