Litoral Norte tem pico de casos confirmados de dengue

Mais da metade dos diagnósticos da doença em 2025 na região foi nas últimas três semanas

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Larvas são coletadas e são encaminhadas para análise em laboratório para verificar se são do mosquito Aedes aegypti. Fotos: Prefeitura de Capão da Canoa / Arquivo

O Litoral Norte do Rio Grande do Sul registrou pico dos casos de dengue em abril. Nas primeiras três semanas deste mês, foram confirmados mais da metade dos diagnósticos de 2025 na região: 50 de 94 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

A região não registrou óbitos por dengue neste ano, enquanto em 2024 houve duas mortes. Os dados são do painel de monitoramento de arboviroses no RS do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

Conforme as informações disponibilizadas pelo Cevs até o fim da manhã desta quarta-feira (23), dos 94 casos no Litoral Norte, 64 são autóctones, ou seja, de pacientes infectados na própria região. Há outros 82 em investigação.

O painel aponta que apenas na primeira semana de abril, 28 casos foram confirmados. Na segunda e na terceira semana deste mês foram 11 em cada uma delas.

Cidades

Capão da Canoa é o município da região com maior número de casos de dengue em 2025. São 27 diagnósticos, sendo 25 autóctones. Outros 18 estão em investigação.

Depois aparecem Cidreira, com 17 casos confirmados e 16 em investigação; e Tramandaí, com 13 diagnósticos e outros dois em investigação. Torres tem nove casos confirmados. Em Xangri-Lá são oito.

Osório e Santo Antônio da Patrulha têm, cada um, quatro pessoas com dengue desde janeiro. Em Três Cachoeiras são três. Imbé, Capivari do Sul e Terra da Areia tiveram dois casos confirmados cada. Com um caso, o Cevs aponta Arroio do Sal, Caraá, Maquiné, Mostardas e Palmares do Sul.

RS confirma sexta morte por dengue e segunda por Chikungunya

O Rio Grande do Sul confirmou a sexta morte por dengue e a segunda por Chikungunya em 2025. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde divulgou, nessa terça-feira (22), os últimos óbitos causados pelas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

O segundo óbito por chikungunya é de um homem residente da cidade de Carazinho, 87 anos, com comorbidade. A cidade já havia registrado, no início de abril, outra morte pela doença. Essas são as duas primeiras fatalidades por chikungunya no RS em toda série histórica.

O sexto óbito por dengue no Estado neste ano foi de um homem de 61 anos, com comorbidades, residente de Alvorada, ocorrida em 7 de abril.

As duas doenças são causadas pelo mosquito Aedes aegypti, por isso a Secretaria Estadual da Saúde (SES) reforça à população a importância da eliminação de locais com água parada, onde o inseto se reproduz.

Também é feita a orientação para que as pessoas procurem atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas. Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.

Chikungunya

O Cevs já havia emitido no último mês alertas epidemiológicos a respeito da confirmação de casos autóctones da doença no Estado: em 21 de março, quando foram confirmados os primeiros casos em Carazinho e em 31 de março, quando também foram identificados casos na cidade de Salvador das Missões.

Até o momento, já foram confirmados 147 casos autóctones de chikungunya no Estado este ano, sendo 137 deles em Carazinho e outros 10 em Salvador das Missões.

Dengue

O Rio Grande do Sul já registrou neste ano mais de 9,3 mil casos de dengue, dos quais 8.118 são autóctones (contraídos dentro do RS). Nesta mesma época do ano em 2025 (até a 17ª semana) eram mais de 148 mil casos confirmados e 204 óbitos pela doença.

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