A Prefeitura de Balneário Pinhal, através da Procuradoria-Geral do Município, registrou na última terça-feira (18) um boletim de ocorrência por apropriação indébita de aparelhos eletrônicos que pertencem ao Executivo da cidade. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.
Conforme a prefeitura, pelo menos 39 smartphones e um notebook ainda estão em posse de ex-servidores da cidade, que deveriam ter feito a devolução no setor de patrimônio até o dia 31 de dezembro de 2024.
O valor dos bens, entre os quais estão inclusos aparelhos iPhones, estariam avaliados em aproximadamente R$ 100 mil reais. “A administração municipal está conduzindo novos levantamentos para identificar outros casos de apropriação indevida de patrimônio público”, alertou Larson Berner, procurador-geral do município.
Ao Litoral na Rede, o prefeito Cezar Furini explicou que o caso foi descoberto depois que uma fatura no valor de R$ 155 mil, emitida por uma operadora de telefonia, chegou à prefeitura. A dívida é de novembro de 2023.
“Ficaram devendo e nunca mais pagaram. Um representante da empresa de telefonia esteve na prefeitura para cobrar a dívida, pois é oriunda de um processo licitatório. No meio da conversa, ele falou da cedência de 40 smartphones em forma de comodato, inclusive iPhones”, afirmou o prefeito.
Furini explicou que, após a reunião com o representante da operadora de telefonia, foi dado o início a um “pente-fino”. “Foi descoberto que os aparelhos não haviam sidos devolvidos por ex-gestores municipais, inclusive do primeiro escalão”, lamentou o prefeito, que determinou que a Procuradoria-Geral do Município registrasse o boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, porque é “uma apropriação indébita”, justificou.
Após o boletim de ocorrência ser registrado, na quarta-feira (19), dois aparelhos foram entregues ao Poder Executivo por um ex-servidor.
O delegado Rodrigo Nunes, que responde pela Delegacia de Polícia de Balneário Pinhal, informou que a investigação de denúncia apresentada está em fase inicial. Ao portal Litoral na Rede, disse que “se confirmando os fatos, poderão os [ex] servidores responder pelo crime de peculato”.
