Ovos de ouro? Preço dispara nas prateleiras de supermercados e atacados

Veja o que dizem a Associação Brasileira de Proteína Animal e a Associação Gaúcha de Avicultura sobre o aumento dos valores do produto

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Imagem meramente ilustrativa. Foto: Couleur por Pixabay

Nos últimos meses, os consumidores brasileiros têm notado um aumento significativo no preço do ovo de galinha. O alimento, que antes era considerado um item acessível para a maioria da população, tem sido cada vez mais visto como um “ovo de ouro”.

Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a alta registrada no preço dos ovos é uma situação sazonal, comum ao período pré e durante a quaresma. Vale lembrar, que a “quaresma” começa no dia 05 de março e só termina no dia, 17 de abril.

“A comercialização de ovos aqueceu pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos”, diz a ABPA. A associação complementa que os custos de produção acumularam alta nos últimos oito meses, com elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens.

O presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Agasv), José Eduardo dos Santos, disse que o aumento no preço dos ovos pode ser explicado por diversos fatores. “Viemos de um ano complicado, com uma série de dificuldades logísticas devido à enchente. Temos 20% da nossa avicultura localizada no Vale do Taquari, região afetada, o que fez com que os produtores adotassem uma postura mais cautelosa”, afirmou ele ao Jornal do Comércio.

José Eduardo falou também sobre a interrupção das exportações por conta da doença de Newcastle que levou à redução da oferta. “Os Estados Unidos estão com dificuldade de abastecer o mercado interno e externo, o que leva outros países a recorrerem ao Brasil. Mas esse movimento está no início. Os Estados Unidos ainda precisarão recompor seu plantel”, afirmou.

Exportações

Segundo a ABPA, embora as exportações de ovos estejam em alta, elas têm efeito praticamente nulo sobre a oferta interna, já que representam menos de 1% das 59 bilhões de unidades que deverão ser produzidas este ano. A expectativa é que o consumo per capita alcance 272 unidades anuais, mais de 40 acima da média mundial.

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