O Litoral Norte do Rio Grande do Sul também tem o legítimo acarajé da Bahia. Uma baiana, que vive há 9 anos em solo gaúcho, está fazendo sucesso preparando a receita tradicional em Balneário Pinhal. Rosivane Almeida vive na cidade litorânea há 3 anos e, em 2024, decidiu resgatar por aqui a saborosa tradição de seu estado natal.
Com boa parte dos ingredientes comprados em lojas especializadas em produtos nordestinos, a “baiúcha” – baiana e gaúcha – cumpre cada uma das etapas para preparar o legítimo acarajé da Bahia. Desde a trituração do feijão-fradinho, base do bolinho frito no óleo de dendê, até o tempero especial do vatapá.
Com o que aprendeu a preparar desde criança em Conceição de Coité, no interior baiano, a 230 quilômetros de Salvador, Rosivane agora está fazendo sucesso em Balneário Pinhal e cidades vizinhas. Foi pelos grupos de WhatsApp e pelas redes sociais que a professora, casada com um gaúcho, começou a divulgar o legítimo acarajé e está conquistado o paladar de todos que experimentam.
“Eu me sinto muito emocionada mesmo quando as pessoas querem conhecer o verdadeiro acarajé, o meu trabalho. E quem já conhece, quer experimentar para ver se é o legítimo da Bahia e quando prova tem certeza de que é o próprio acarajé”, contou à reportagem do portal Litoral na Rede.
Acarajé baiano na praia e na tele-entrega
Em outros verões, a “baiúcha” não se intimidou com o calor do verão gaúcho e levou seus acarajés para vender na beira da praia de Balneário Pinhal. Pretende voltar esta temporada à beira-mar com os bolinhos recheados de vatapá, camarões e vinagrete, mas precisa conciliar a venda na orla com a demanda da tele-entrega, que não para de crescer.
É pelo WhatsApp que Rosivane recebe os pedidos, que chegam de Balneário Pinhal, de Cidreira, do Balneário Quintão e de Tramandaí. O número para pedir o legítimo acarajé da Bahia é (51) 9 8548-1552 (clique aqui).
Cada acarajé custa R$ 25,00. A taxa de entrega é a partir de R$ 5,00 e varia conforme a distância.
Receita original
Para preparar o legítimo acarajé, Rosivane se dedica em cada uma das etapas. “O bolinho é feito com feijão-fradinho, que é um feijão branco especial. A gente limpa ele, coloca de molho e no dia seguinte tritura. Tem que ficar uma massa bem-preparada, bem fina, para poder dar o bolinho. E aí depois se frita no azeite dendê”, detalhou.
Para o Vatapá, recheio do bolinho junto com os camarões inteiros e o vinagrete, a lista de ingredientes é bem maior. Tem castanha de caju, amendoins, leite de coco, azeite de dendê, massa de pão e camarão triturado.
“É um prato típico que faz parte da nossa cultura baiana. Muitos aqui não conhecem. Quem já conhece não perde a oportunidade de saborear de novo e quem ainda não conhece também vai querer porque é muito bom”, garantiu a baiana moradora de Balneário Pinhal.