35% dos pacientes que esperam vagas nos hospitais do Litoral Norte não têm Covid

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Foto: Litoral na Rede / Arquivo

A superlotação dos hospitais causada pelo agravamento da pandemia também prejudica pacientes que não foram contaminados pelo coronavírus. No Litoral Norte do Rio Grande do Sul, 46 pessoas aguardavam internação, nesta sexta-feira (26), mas boa parte delas precisam tratar outras doenças.

De acordo com dados do Centro de Operações de Emergência (COE), da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), 35% desses pacientes que esperam por um leito de hospital não têm Covid-19.  Isso significa que há 16 pessoas necessitando de tratamento para demais enfermidades sem ter acesso à rede hospitalar.

A fila de espera por internação vem diminuindo aos poucos nos últimos dias. O maior número de pacientes aguardando uma vaga em hospitais foi registrado no dia 11 de março: eram 108 pessoas.  No dia 15, baixou para 99. Na sexta-feira da semana passada, dia 19, havia 69 pessoas na espera e nessa quinta-feira (25), 47.

No dia 3 de março, quando o COE divulgou, pela primeira vez, dados sobre pacientes aguardando vagas em hospitais da região, eram 32 esperando vaga em UTI. No dia 12, houve o pico, com 65 pessoas precisando tratamento intensivo, sem ter acesso. Nesta sexta-feira, diminuiu para 18.

A maior demanda reprimida por leitos clínicos foi notificada no dia 10 de março, com 50 pessoas na fila. Este número agora é de 28.

Situação dos hospitais

Antes da pandemia, o Litoral Norte do Rio Grande do Sul contava com 26 leitos de terapia intensiva em operação. Com o aumento da demanda este número foi ampliado para 102. Além de ampliação da capacidade nos hospitais de Tramandaí, Capão da Canoa e Torres, foram abertas UTIs em Osório e Santo Antônio da Patrulha.

Apesar de capacidade ter aumentando quase quatro vezes, as UTIs operam acima da capacidade. Nesta sexta-feira, por exemplo, havia 104 pacientes internados nesses setores, o que representa uma taxa de ocupação de 102%.

Das pessoas em tratamento intensivo na região, 83 tiveram diagnóstico de Covid-19 e oito são casos suspeitos, o que representa 87,5% do total. Apenas 13 tratavam outras doenças.

Em relação aos leitos clínicos ou de enfermaria destinados a casos de Covid-19, são 153 e 125 estavam sendo utilizados. A taxa de ocupação é de 81,7%.

O Hospital de Tramandaí, com 36 leitos de UTI atendia 38 pacientes graves. Os demais hospitais da região operação dentro da capacidade máxima. Em Osório são 30 vagas de terapia intensiva, 16 em Capão da Canoa, 10 em Torres e 10 em Santo Antônio da Patrulha.

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